Safra que está sendo colhida pode ser menor ainda.
Representantes do Grupo de Consultores em Citros – GCONCI, realizaram visitas a pomares e instituições de pesquisa juntamente com um grupo de produtores e técnicos do Brasil neste final de abril. O objetivo da missão técnica foi obter informações no avanço de técnicas no manejo do greening e trocar experiências na área de produção.
Os Engenheiros Agrônomo e Químico Gilberto Tozatti e Giovane Barroti, consultores do GCONCI, organizaram esta missão cuja programação constituía na visita e realização de contatos com pesquisadores da Universidade da Florida e suas estações de pesquisas em citros como as de Lake Alfred (região central) e a de Immokalle (região sudoeste); onde estão sendo investidos em torno de 20 milhões de dólares em pesquisas e combate ao greening.
As informações mais recentes referente às técnicas de combate ao vetor são positivas. Os produtores da região sudoeste estão hoje organizados em grupos com o intuito de tomar ações conjuntas para pulverizações aéreas que possam abranger grandes áreas continuas de citros. O resultado já é evidente nesta safra com a diminuição da população de psilidio – vetor da doença – em vegetação nova pós-florada. Além disso, estão sendo realizadas regularmente pulverizações via solo e aplicação de sistêmicos complementando o controle do vetor. Ao contrario do Brasil, neste período os pomares da Flórida entram no período das chuvas, prejudicando assim a eficiência das inspeções de plantas sintomáticas. Nem todos os produtores estão realizando a erradicação das plantas, como também vem acontecendo no Brasil, proporcionando o avanço da doença na região sudoeste do estado. Avanços estão sendo observados nos métodos de aplicação de inseticidas com o uso de aplicadores de baixo volume como os de controle de mosquitos em area urbana. Com isso estão conseguindo economias significativas no manejo do psilidio. Alguns produtores estão tentando conviver com as plantas sintomáticas através de coquetéis nutricionais, e pesquisas vem sendo desenvolvidas neste sentido, porém, na opinião da maioria o resultado é duvidoso e coloca em risco toda a citricultura.
O cancro cítrico tem sido manejado de forma satisfatória quando se considera as variedades mais tolerantes como a Valencia. Porém, as mais suscetíveis como a Hamlin e principalmente a Early Gold – trazida do Brasil (var. Seleta), vem apresentando dificuldades no manejo adotado de convivência com o cancro, já que a lei de erradição não mais existe no estado. Esta variedade que é muito suscetível à doença tende a ser erradicada sistematicamente ao longo do tempo.
Os pomares se encontram no estádio fenológico inicial de safra; apresentando chumbinhos em fase de fixação ainda. Como neste período, na Flórida as chuvas ainda são escassas, o uso da irrigação é ferramenta fundamental para a fixação dos chumbinhos e determinação da safra futura. Porém, espera-se que somente daqui três semanas é que haja uma regularização das chuvas no estado. Enquanto isso, a irrigação está sendo realizada da melhor forma possível, e obviamente, dentro dos limites de cada um. Observaram-se diferenças de manejo entre as propriedades visitadas em função da disponibilidade de água local podendo isto influenciar a safra em curso. Se a seca prolongar podemos esperar grandes prejuízos, safra menor e conseqüente alta nos valores do suco concentrado, alta esta que já vem acontecendo nas ultimas semanas.
A colheita vem sendo realizada nas variedades tardias; como a Valencia, e poderá se estender até meados de junho deste ano. A qualidade da fruta está excelente sendo que um dos motivos foi às condições de frio que o estado da Florida passou, em função das geadas do começo do ano, e que por sua vez não causaram nenhum prejuízo aparente. As pesquisas avançam rapidamente com a colheita mecânica. Em dia de campo realizado pela estação de pesquisas de Immokallee, na qual nosso grupo foi convidado a participar, observamos avanços na eficiencia da colheitaderia mecânica, enquanto que as pesquisas de produtos de abscisão e métodos de aplicação vêm evoluindo rapidamente, aguardando apenas o registro dos produtos pelos órgãos competentes para serem comercializados. A safra de laranjas que está sendo colhida foi estimada em 157,6 milhões de caixas pela USDA, em seu ultimo relatório do mês de abril. Porem, espera-se na prática uma safra final inferior aos números oficiais, podendo chegar em torno de 152 a 155 milhões de caixas.
Na área econômica podemos resumir que os custos aumentaram muito em relação às safras passadas principalmente devido à alta dos fertilizantes e dos custos de manejo do greening. Por sua vez, muitos produtores com contrato de curto prazo e que recebem de acordo com o valor do suco concentrado na bolsa de Nova Iorque, não estão conseguindo cobrir seus custos de produção, ao contrario de outros produtores da Flórida que fecharam contratos de longo prazo no passado.
Eng. Agr. Gilberto Tozatti é consultor do GCONCI, SaniCitrus – Mudas Cítricas, e Biofosfatos do Brasil. tozatti@gconci.com.br
Esta missão técnica foi patrocinada pela All Plant – Ind. e Com. de Fertilizantes Ltda.
Representantes do Grupo de Consultores em Citros – GCONCI, realizaram visitas a pomares e instituições de pesquisa juntamente com um grupo de produtores e técnicos do Brasil neste final de abril. O objetivo da missão técnica foi obter informações no avanço de técnicas no manejo do greening e trocar experiências na área de produção.
Os Engenheiros Agrônomo e Químico Gilberto Tozatti e Giovane Barroti, consultores do GCONCI, organizaram esta missão cuja programação constituía na visita e realização de contatos com pesquisadores da Universidade da Florida e suas estações de pesquisas em citros como as de Lake Alfred (região central) e a de Immokalle (região sudoeste); onde estão sendo investidos em torno de 20 milhões de dólares em pesquisas e combate ao greening.
As informações mais recentes referente às técnicas de combate ao vetor são positivas. Os produtores da região sudoeste estão hoje organizados em grupos com o intuito de tomar ações conjuntas para pulverizações aéreas que possam abranger grandes áreas continuas de citros. O resultado já é evidente nesta safra com a diminuição da população de psilidio – vetor da doença – em vegetação nova pós-florada. Além disso, estão sendo realizadas regularmente pulverizações via solo e aplicação de sistêmicos complementando o controle do vetor. Ao contrario do Brasil, neste período os pomares da Flórida entram no período das chuvas, prejudicando assim a eficiência das inspeções de plantas sintomáticas. Nem todos os produtores estão realizando a erradicação das plantas, como também vem acontecendo no Brasil, proporcionando o avanço da doença na região sudoeste do estado. Avanços estão sendo observados nos métodos de aplicação de inseticidas com o uso de aplicadores de baixo volume como os de controle de mosquitos em area urbana. Com isso estão conseguindo economias significativas no manejo do psilidio. Alguns produtores estão tentando conviver com as plantas sintomáticas através de coquetéis nutricionais, e pesquisas vem sendo desenvolvidas neste sentido, porém, na opinião da maioria o resultado é duvidoso e coloca em risco toda a citricultura.
O cancro cítrico tem sido manejado de forma satisfatória quando se considera as variedades mais tolerantes como a Valencia. Porém, as mais suscetíveis como a Hamlin e principalmente a Early Gold – trazida do Brasil (var. Seleta), vem apresentando dificuldades no manejo adotado de convivência com o cancro, já que a lei de erradição não mais existe no estado. Esta variedade que é muito suscetível à doença tende a ser erradicada sistematicamente ao longo do tempo.
Os pomares se encontram no estádio fenológico inicial de safra; apresentando chumbinhos em fase de fixação ainda. Como neste período, na Flórida as chuvas ainda são escassas, o uso da irrigação é ferramenta fundamental para a fixação dos chumbinhos e determinação da safra futura. Porém, espera-se que somente daqui três semanas é que haja uma regularização das chuvas no estado. Enquanto isso, a irrigação está sendo realizada da melhor forma possível, e obviamente, dentro dos limites de cada um. Observaram-se diferenças de manejo entre as propriedades visitadas em função da disponibilidade de água local podendo isto influenciar a safra em curso. Se a seca prolongar podemos esperar grandes prejuízos, safra menor e conseqüente alta nos valores do suco concentrado, alta esta que já vem acontecendo nas ultimas semanas.
A colheita vem sendo realizada nas variedades tardias; como a Valencia, e poderá se estender até meados de junho deste ano. A qualidade da fruta está excelente sendo que um dos motivos foi às condições de frio que o estado da Florida passou, em função das geadas do começo do ano, e que por sua vez não causaram nenhum prejuízo aparente. As pesquisas avançam rapidamente com a colheita mecânica. Em dia de campo realizado pela estação de pesquisas de Immokallee, na qual nosso grupo foi convidado a participar, observamos avanços na eficiencia da colheitaderia mecânica, enquanto que as pesquisas de produtos de abscisão e métodos de aplicação vêm evoluindo rapidamente, aguardando apenas o registro dos produtos pelos órgãos competentes para serem comercializados. A safra de laranjas que está sendo colhida foi estimada em 157,6 milhões de caixas pela USDA, em seu ultimo relatório do mês de abril. Porem, espera-se na prática uma safra final inferior aos números oficiais, podendo chegar em torno de 152 a 155 milhões de caixas.
Na área econômica podemos resumir que os custos aumentaram muito em relação às safras passadas principalmente devido à alta dos fertilizantes e dos custos de manejo do greening. Por sua vez, muitos produtores com contrato de curto prazo e que recebem de acordo com o valor do suco concentrado na bolsa de Nova Iorque, não estão conseguindo cobrir seus custos de produção, ao contrario de outros produtores da Flórida que fecharam contratos de longo prazo no passado.
Eng. Agr. Gilberto Tozatti é consultor do GCONCI, SaniCitrus – Mudas Cítricas, e Biofosfatos do Brasil. tozatti@gconci.com.br
Esta missão técnica foi patrocinada pela All Plant – Ind. e Com. de Fertilizantes Ltda.
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