A bactéria causadora do greening no continente africano é a Candidatus liberibacter africanus, e o seu vetor é a Trioza eritrae. No Brasil o greening é causado pelas bactérias C. liberibacter asiaticus e C. liberibacter americanus e transmitida pelo vetor Diaphorina citri (psilídio). Devido características diferenciadas tanto da bactéria quanto do vetor sensíveis a condições climáticas, os resultados de manejo do greening na Africa é mais positivo e suficiente para garantir uma produção normal e sustentável de citros, chegando até mesmo a adotarem a poda de ramos e galhos sintomáticos como ferramenta de manejo, ao contrário do Brasil.
A citricultura da Africa do Sul é voltada ao mercado externo, ou seja exportação de fruta fresca, e portanto, exigindo exelente qualidade interna e externa da fruta. Para que isso ocorra, o uso de inseticidas sistêmicos é muito usado e tem como objetivo principal o controle de cochonilhas, sendo o controle do psilído uma vantagem adicional. A menor importancia que se dá ao controle do vetor também mostra como é fácil o manejo do greening naquele continente. Todos os pomares são irrigados facilitando assim o uso de inseticida sistêmico e o controle adequado do vetor em boa parte do ano.
A erradicação de plantas sintomáticas só ocorre em alguns casos, sendo que a maioria dos citricultores realizam poda de ramos e galhos sintomáticos como prática comum. O nível de incidência de plantas sintômáticas está em torno de 1%, mas em alguns casos chega-se a quase 15%, porem sem prejuízo aparente.
Uma das coisas que impressinou nosso grupo foi conhecer o conceito administrativo de uma empresa exportadora de frutas cítricas e temperadas na cidade de Paarl, próximo à Cidade do Cabo no sul do país, a qual foca seu planejamento estratégico nos desejos do consumidor para definir seleção de variedades, produção, manejo, exportação e marketing. Um pouco diferente do que acontece em nosso país, onde muitas vezes tentamos impor nossos desejos ao consumidor com consequencias drásticas.
Eng Agr Gilberto Tozatti participou desta missão técnica sob os auspícios do Grupo de Consultores em Citros - GCONCI.
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